quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Momento

O cursor piscando e a página em branco.
O momento da criação. As palavras fluindo.
As pausas. Onde exatamente eu parei antes de escrever cada frase?
Quando vemos todas aquelas palavras juntas não imaginamos em que vírgula o escritor parou, pensativo, e deixou que o cursor piscasse várias vezes antes de voltar algumas palavras, reescrevê-las da melhor maneira e continuar.
Então vem a torrente. A inspiração ininterrupta. Letra atrás de letra, palavra atrás de palavra, frases e parágrafos. O tempo parou para a inspiração.
E de repente, tudo cessa. Ainda dá pra insistir mais um pouco, encarar mais alguns minutos o cursos desafiador, relutando em admitir a derrota.
Mas não demora muito. Já passa das 4 da manhã, os olhos teimam em fechar e o cérebro é um vazio completo.
A inspiração se foi.